Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

CARACTERIZAÇÃO FLORÍSTICA QUANTO A FUSÃO DA COROLA EM FLORES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE/RN

Palavra-chaves: MORFOLOGIA FLORAL, COROLA, FUSÃO DAS PÉTALAS, GAMOPÉTALA, GAMOPÉTALA Pôster (PO) AT 03 - Riquezas naturais do semiárido: preservação e conservação
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      A flor constitui um importante órgão vegetal de reprodução das angiospermas, e a evolução desse órgão foi um dos principais fatores para a grande diversidade desse grupo. Para Sousa e Barros (s.d.), a morfologia das flores é bastante variada pois reflete a especialização no uso de diferentes polinizadores.  Desse modo, o estudo morfológico da flor é de suma importância na classificação taxonômica. Uma das partes importantes que compõem uma flor são suas pétalas, as quais em conjunto dá-se o nome de corola. De acordo com Ferri (2011), com a identificação da corola de uma flor, pode-se afirmar o tipo de arranjo que a flor apresenta e o quanto isso exerce influência na otimização do seu ciclo de vida. \r\n
      Sabendo-se a quantidade de espécies de flores com determinado tipo de corola em certos ambientes é possível que se consiga inferir dados ecológicos ou do nível de conservação local, uma vez que o tipo de corola também define se a espécie é considerada especialista ou generalista. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo principal a caracterização florística em relação a soldadura das pétalas das flores encontradas no campus central da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte em Mossoró-RN.\r\n
      O estudo foi realizado na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, no município de Mossoró/RN. As coletas dos dados foram realizadas no período chuvoso, nos meses de maio e junho. A área de estudo está situada no bioma caatinga, o qual é a formação dominante no Nordeste do Brasil, com clima semiárido (IBGE, 1985). Por meio de caminhadas aleatórias foram observadas e analisadas flores no campus da UERN nos blocos da Faculdade de Ciências Econômicas, Faculdade de Direito, Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, Faculdade de Filosofia e Ciências Naturais. O estudo de campo se deu através de observações e fotografias das flores, analisando suas corolas quanto a fusão das pétalas, e verificando se tratava-se de uma corola dialipétala ou gamopétala. Todas as fotos dos exemplares analisados encontram-se arquivadas nos computadores das autoras para eventuais consultas.\r\n
      Foram amostrados um total de quarenta espécies. Dos exemplares analisados, vinte e seis foram classificados com corola dialipétalas e quatorze com corola gamopétala. Os resultados encontrados podem fornecer dados interessantes sobre a comunidade de polinizadores locais e como estes se relacionam com as espécies vegetais, uma vez que Inouye (1980), aponta que a morfologia floral pode influenciar no acesso aos recursos florais pelos animais e a eficiência desses animais em utilizar esses recursos. A morfologia também influencia o modo como o pólen é depositado e removido do corpo dos polinizadores e a quantidade de pólen transferido por visita (CAMPBELL et al., 1991). Sendo assim, o número maior de dialipétalas pode estar possivelmente associado ao fato dos polinizadores serem mais adaptados a flores que não possuem bases longas e fusionadas. Sendo mais comum a polinização de flores por polinizadores que não exibem probóscides longas, como as flores dialipétalas, que possuem o androceu e gineceu mais expostos, por isso, são mais fáceis de serem polinizadas.\r\n
      Visto que as plantas co-evoluíram com os insetos, podemos perceber a adaptação em ambos, os quais criam mecanismos para aprimorarem essa interação mutualística, como por exemplo a forma, tamanho, coloração e aspecto da corola, que pôde ser observado através do resultado obtido com a maior predominância de corolas não fusionadas.\r\n
      Existe um número reduzido de trabalhos que falam sobre a morfologia e variedade de corolas. Esperamos que esse estudo favoreça outros estudos sobre o tema em outras regiões. A flor é um importante órgão para determinar a taxonomia de uma planta, e a soldadura da sua corola é um fator influenciador nessa determinação.
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      Sabendo-se a quantidade de espécies de flores com determinado tipo de corola em certos ambientes é possível que se consiga inferir dados ecológicos ou do nível de conservação local, uma vez que o tipo de corola também define se a espécie é considerada especialista ou generalista. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo principal a caracterização florística em relação a soldadura das pétalas das flores encontradas no campus central da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte em Mossoró-RN.\r\n
      O estudo foi realizado na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, no município de Mossoró/RN. As coletas dos dados foram realizadas no período chuvoso, nos meses de maio e junho. A área de estudo está situada no bioma caatinga, o qual é a formação dominante no Nordeste do Brasil, com clima semiárido (IBGE, 1985). Por meio de caminhadas aleatórias foram observadas e analisadas flores no campus da UERN nos blocos da Faculdade de Ciências Econômicas, Faculdade de Direito, Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, Faculdade de Filosofia e Ciências Naturais. O estudo de campo se deu através de observações e fotografias das flores, analisando suas corolas quanto a fusão das pétalas, e verificando se tratava-se de uma corola dialipétala ou gamopétala. Todas as fotos dos exemplares analisados encontram-se arquivadas nos computadores das autoras para eventuais consultas.\r\n
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

A flor constitui um importante órgão vegetal de reprodução das angiospermas, e a evolução desse órgão foi um dos principais fatores para a grande diversidade desse grupo. Para Sousa e Barros (s.d.), a morfologia das flores é bastante variada pois reflete a especialização no uso de diferentes polinizadores. Desse modo, o estudo morfológico da flor é de suma importância na classificação taxonômica. Uma das partes importantes que compõem uma flor são suas pétalas, as quais em conjunto dá-se o nome de corola. De acordo com Ferri (2011), com a identificação da corola de uma flor, pode-se afirmar o tipo de arranjo que a flor apresenta e o quanto isso exerce influência na otimização do seu ciclo de vida. Sabendo-se a quantidade de espécies de flores com determinado tipo de corola em certos ambientes é possível que se consiga inferir dados ecológicos ou do nível de conservação local, uma vez que o tipo de corola também define se a espécie é considerada especialista ou generalista. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo principal a caracterização florística em relação a soldadura das pétalas das flores encontradas no campus central da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte em Mossoró-RN. O estudo foi realizado na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, no município de Mossoró/RN. As coletas dos dados foram realizadas no período chuvoso, nos meses de maio e junho. A área de estudo está situada no bioma caatinga, o qual é a formação dominante no Nordeste do Brasil, com clima semiárido (IBGE, 1985). Por meio de caminhadas aleatórias foram observadas e analisadas flores no campus da UERN nos blocos da Faculdade de Ciências Econômicas, Faculdade de Direito, Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, Faculdade de Filosofia e Ciências Naturais. O estudo de campo se deu através de observações e fotografias das flores, analisando suas corolas quanto a fusão das pétalas, e verificando se tratava-se de uma corola dialipétala ou gamopétala. Todas as fotos dos exemplares analisados encontram-se arquivadas nos computadores das autoras para eventuais consultas. Foram amostrados um total de quarenta espécies. Dos exemplares analisados, vinte e seis foram classificados com corola dialipétalas e quatorze com corola gamopétala. Os resultados encontrados podem fornecer dados interessantes sobre a comunidade de polinizadores locais e como estes se relacionam com as espécies vegetais, uma vez que Inouye (1980), aponta que a morfologia floral pode influenciar no acesso aos recursos florais pelos animais e a eficiência desses animais em utilizar esses recursos. A morfologia também influencia o modo como o pólen é depositado e removido do corpo dos polinizadores e a quantidade de pólen transferido por visita (CAMPBELL et al., 1991). Sendo assim, o número maior de dialipétalas pode estar possivelmente associado ao fato dos polinizadores serem mais adaptados a flores que não possuem bases longas e fusionadas. Sendo mais comum a polinização de flores por polinizadores que não exibem probóscides longas, como as flores dialipétalas, que possuem o androceu e gineceu mais expostos, por isso, são mais fáceis de serem polinizadas. Visto que as plantas co-evoluíram com os insetos, podemos perceber a adaptação em ambos, os quais criam mecanismos para aprimorarem essa interação mutualística, como por exemplo a forma, tamanho, coloração e aspecto da corola, que pôde ser observado através do resultado obtido com a maior predominância de corolas não fusionadas. Existe um número reduzido de trabalhos que falam sobre a morfologia e variedade de corolas. Esperamos que esse estudo favoreça outros estudos sobre o tema em outras regiões. A flor é um importante órgão para determinar a taxonomia de uma planta, e a soldadura da sua corola é um fator influenciador nessa determinação.

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