Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

DIVERSIDADE DA FAMÍLIA FABACEAE EM INSELBERGUE LOCALIZADO NA SERRA DO LIMA, PATU/RN

Palavra-chaves: BIODIVERSIDADE, FLORÍSTICA, LEGUMINOSAS, SEMIÁRIDO Pôster (PO) AT 03 - Riquezas naturais do semiárido: preservação e conservação
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      A família Fabaceae constitui um importante grupo taxonômico botânico, sendo documentada como a família de maior representatividade no Brasil, com 2.807 de espécies, diversas em quase todos os biomas brasileiros, principalmente na flora do Nordeste brasileiro, na Caatinga, onde ostentam alta representatividade e diversidade, com 603 espécies registradas (BFG, 2015). E além da abundância de espécies, essa família também manifesta muita riqueza em tipos de hábitos (QUEIROZ, 2009).\r\n
      Nos ecossistemas ocorrentes em inselbergues inseridos na Caatinga, a família Fabaceae vem sendo igualmente destacada com significativa abundância em vários estudos florísticos (SOUSA, 2014), mas ainda existe carência de conhecimento sobre esses ambientes, principalmente nos interiores (LIMA, 2018). Em consequência das suas condições ecológicas diferenciadas, os inselbergues representam uma importante função na formação de refúgios para espécies de adaptação mais restrita, que não conseguem crescer no plano que circunda o inselbergue (OLIVEIRA, 2007).\r\n
      Considerando a grande diversidade de espécies da família Fabaceae no semiárido nordestino e inter-relacionando com as particularidades ambientais recorrentes em inselbergues, o objetivo desse trabalho foi fazer um estudo básico relativo à diversidade florística da família Fabaceae da Serra do Lima e apontar o potencial florístico do local para trabalhos, ecológicos e de conservação.\r\n
      Esse estudo foi realizado em um inselbergue da Serra do Lima, município de Patu, onde o clima é tropical chuvoso, com precipitação anual de aproximadamente 868 mm e com temperatura variando entre 28,1 °C e 36 °C (IDEMA, 2008). Foram realizadas coletas mensais de julho de 2017 à agosto de 2018, abrangendo os períodos chuvoso e seco, através de caminhadas aleatórias a partir do Santuário Nossa Senhora dos Impossíveis, passando pela “Trilha do Pelado” até o pico do afloramento rochoso “Pelado”, onde foi feita coleta em cada ilha de vegetação acessível, totalizando aproximadamente 1,5 km de caminhada. Todos os processos de herborização e identificação foram realizados no Laboratório de Ecologia e Sistemática Vegetal - LESV da UERN. Os espécimes coletados foram tratados baseando-se nas técnicas documentadas por Judd et al. (2009). A análise e identificação do material botânico para construção da lista florística, foram feitas baseando-se no APG IV, bibliografia especializada e auxílio de especialistas.\r\n
      Foram encontradas 46 espécies pertencentes a 19 gêneros. Das quais, 25 foram identificadas até o nível de gênero e 7 só até o nível da família, apenas constadas como espécies distintas.\r\n
      Os gêneros mais diversos foram Mimosa e Stylosanthes, com 5 espécies cada e Chamaechrista e Macroptilium, com 4 espécies cada, assemelhando-se a listagem feita por Amorim et al. (2016) em vegetação Caatinga stricto sensu (FLONA de Assú). Todos esses gêneros foram coletados em um local mais antropizado e menos elevado do inselbergue e fisionomicamente mais semelhante com a vegetação da planície circundande, também stricto sensu.\r\n
      As herbáceas foram as mais pontuadas (17 spp.), seguidas pelas subarbustivas (13 spp.), espécies arbóreas, arbustivas e trepadeiras (5 spp. cada), já as lianas apenas uma espécie. Todos os hábitos foram amplamente distribuídos na área de coleta (Próximo à igreja, Trilha e afloramento rochoso).\r\n
      Outros levantamento florísticos, como os de Oliveira e Godoy (2007); Sales-Rodrigues (2014); Sousa (2014); e Lima (2018), também executados em inselbergues inseridos na Caatinga, mostraram número inferior de espécies Fabaceae. Com o montante de 46 espécies de uma única família, e em apenas uma das três trilhas lá existentes (a menor), a Serra do Lima aponta para uma diversidade florística ainda maior.\r\n
      Esse estudo apresenta um levantamento de dados preliminares de uma pesquisa mais abrangente, ainda em andamento, sobre a florística total do local. O levantamento florístico total poderá subsidiar planos de manejo e conservação da Serra do Lima, que já se mostra como um promissor local para estudos ulteriores de biodiversidade e ecologia.
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      Foram encontradas 46 espécies pertencentes a 19 gêneros. Das quais, 25 foram identificadas até o nível de gênero e 7 só até o nível da família, apenas constadas como espécies distintas.\r\n
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

A família Fabaceae constitui um importante grupo taxonômico botânico, sendo documentada como a família de maior representatividade no Brasil, com 2.807 de espécies, diversas em quase todos os biomas brasileiros, principalmente na flora do Nordeste brasileiro, na Caatinga, onde ostentam alta representatividade e diversidade, com 603 espécies registradas (BFG, 2015). E além da abundância de espécies, essa família também manifesta muita riqueza em tipos de hábitos (QUEIROZ, 2009). Nos ecossistemas ocorrentes em inselbergues inseridos na Caatinga, a família Fabaceae vem sendo igualmente destacada com significativa abundância em vários estudos florísticos (SOUSA, 2014), mas ainda existe carência de conhecimento sobre esses ambientes, principalmente nos interiores (LIMA, 2018). Em consequência das suas condições ecológicas diferenciadas, os inselbergues representam uma importante função na formação de refúgios para espécies de adaptação mais restrita, que não conseguem crescer no plano que circunda o inselbergue (OLIVEIRA, 2007). Considerando a grande diversidade de espécies da família Fabaceae no semiárido nordestino e inter-relacionando com as particularidades ambientais recorrentes em inselbergues, o objetivo desse trabalho foi fazer um estudo básico relativo à diversidade florística da família Fabaceae da Serra do Lima e apontar o potencial florístico do local para trabalhos, ecológicos e de conservação. Esse estudo foi realizado em um inselbergue da Serra do Lima, município de Patu, onde o clima é tropical chuvoso, com precipitação anual de aproximadamente 868 mm e com temperatura variando entre 28,1 °C e 36 °C (IDEMA, 2008). Foram realizadas coletas mensais de julho de 2017 à agosto de 2018, abrangendo os períodos chuvoso e seco, através de caminhadas aleatórias a partir do Santuário Nossa Senhora dos Impossíveis, passando pela “Trilha do Pelado” até o pico do afloramento rochoso “Pelado”, onde foi feita coleta em cada ilha de vegetação acessível, totalizando aproximadamente 1,5 km de caminhada. Todos os processos de herborização e identificação foram realizados no Laboratório de Ecologia e Sistemática Vegetal - LESV da UERN. Os espécimes coletados foram tratados baseando-se nas técnicas documentadas por Judd et al. (2009). A análise e identificação do material botânico para construção da lista florística, foram feitas baseando-se no APG IV, bibliografia especializada e auxílio de especialistas. Foram encontradas 46 espécies pertencentes a 19 gêneros. Das quais, 25 foram identificadas até o nível de gênero e 7 só até o nível da família, apenas constadas como espécies distintas. Os gêneros mais diversos foram Mimosa e Stylosanthes, com 5 espécies cada e Chamaechrista e Macroptilium, com 4 espécies cada, assemelhando-se a listagem feita por Amorim et al. (2016) em vegetação Caatinga stricto sensu (FLONA de Assú). Todos esses gêneros foram coletados em um local mais antropizado e menos elevado do inselbergue e fisionomicamente mais semelhante com a vegetação da planície circundande, também stricto sensu. As herbáceas foram as mais pontuadas (17 spp.), seguidas pelas subarbustivas (13 spp.), espécies arbóreas, arbustivas e trepadeiras (5 spp. cada), já as lianas apenas uma espécie. Todos os hábitos foram amplamente distribuídos na área de coleta (Próximo à igreja, Trilha e afloramento rochoso). Outros levantamento florísticos, como os de Oliveira e Godoy (2007); Sales-Rodrigues (2014); Sousa (2014); e Lima (2018), também executados em inselbergues inseridos na Caatinga, mostraram número inferior de espécies Fabaceae. Com o montante de 46 espécies de uma única família, e em apenas uma das três trilhas lá existentes (a menor), a Serra do Lima aponta para uma diversidade florística ainda maior. Esse estudo apresenta um levantamento de dados preliminares de uma pesquisa mais abrangente, ainda em andamento, sobre a florística total do local. O levantamento florístico total poderá subsidiar planos de manejo e conservação da Serra do Lima, que já se mostra como um promissor local para estudos ulteriores de biodiversidade e ecologia.

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