O mundo mudou. Os sistemas de ensino mudaram. Contudo, o processo educativo continua a ser fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade socialmente justa e ambientalmente sustentável. Diferentes estratégias pedagógicas têm sido utilizadas visando ao aprimoramento do conhecimento em sala de aula. Segundo Moreira e Januário (2014) as mudanças ocorridas no sistema educacional levaram a essa busca de novas formas de pedagogia e organização do processo de aprendizagem. A questão central no processo educativo da atualidade é alcançar o educando que está cada vez mais ‘conectado’. Assim, um dos desafios relacionados às práticas docentes está relacionado à aproximação com o universo digital, uma vez que, por meio das tecnologias da informação e comunicação (TICs), possibilita-se potencializar os processos de aprendizagem no ambiente escolar, buscando construções de conhecimentos de maneira contextualizada. As mídias interativas são recursos pedagógicos, que oferecem ao professor uma estratégia de ensino e aprendizagem, podendo contribuir como auxiliar por seu aspecto didático-pedagógico (SANTIAGO et al., 2009). As redes sociais podem ser excelentes espaços virtuais, pela rapidez da sociabilização da informação, potencializando a interação entre as pessoas, o que pode favorecer na relação entre educandos e educadores. Na área ambiental, por exemplo, o uso das novas mídias pode ser um forte elemento para estimular o interesse dos estudantes além de servir como aliado dos professores na busca e organização de atividades diversas. Dentre os diferentes componentes do meio ambiente, o solo ainda é o menos conhecido e valorizado, embora a diversidade de serviços ecossistêmicos que exerce para manutenção do equilíbrio ambiental, sobretudo em regiões vulneráveis como o Semiárido. Há grande lacuna na abordagem dos diferentes temas nos livros didáticos, segundo Bernardon et al (2012) que trazem informações fragmentadas, com ênfase sobre o uso e não sobre o que é e quais as funções e importância do solo. Ao problema soma-se a necessidade de elaboração de material de apoio ao professor que nem sempre tem a disposição formação inicial e continuada sobre o tema nem dispõe de material didático atualizado e contextualizado (LIMA e LIMA, 2007). Diferentes ferramentas pedagógicas podem auxiliar os professores. Autores como Bell (2013) e Ferreira e Bohadana (2014) mencionam vantagens no uso de ferramentas virtuais como o Instagram como ambiente virtual de aprendizagem, permitindo inserir, reorganizar, agilizar e integrar sentido ao aprendizado como a possibilidade de produzir foto-estórias, usar hashtags para criar uma rede para produção de conhecimento entre as diferentes turmas de uma escola, inclusive por apresentar linguagem clara e objetiva evidenciando a possibilidade para aliar e proporcionar sentido aos processos de aprendizagem e uso correto das tecnologias. Considerando esse contexto, a pesquisa objetivou identificar as publicações dos Projetos Solo na Escola na plataforma digital Instagram, como estímulo a Educação em Solos. Para tanto foram pesquisados os Projetos para obtenção do número de páginas e perfis. O desempenho e popularidade foram avaliados pelo número de seguidores, quantidade de curtidas/likes e número de publicações e compartilhamento. Foram encontrados seis Projetos Solo na Escola (UFPR, ESALQ, USP, UFRB, UDESC, IFAL, UFGD, UFCG Sumé e UFCG Pombal). A temática solos é abordada com muita expressividade nos projetos encontrados. Para o Projeto Solo na Escola/UFCG campus de Sumé foram identificadas as seguintes pontuações para os descritores analisados: 268 seguidores, 135 publicações, atingindo a marca de 3.894 curtidas/visualizações, evidenciando a rede social como grande veículo de disseminação de conteúdos educativos na temática da Educação em Solos. É importante ressaltar a importância do conhecimento e domínio das tecnologias de informação por parte dos docentes para que o ambiente virtual seja aproveitado em sua plenitude, com tudo o que tem a
oferecer na popularização do ensino de solos.