As regiões semiáridas, diante do seu histórico processo de insuficiência hídrica e instabilidade climática, vêm sofrendo com um significativo aumento do fantasma da desertificação, que ano após ano vem assolando nocivamente essa importante área recorrente principalmente no Nordeste brasileiro. Em vista disso, o objetivo desse trabalho foi analisar o uso do reflorestamento, a partir de espécies endêmicas ao semiárido, como estratégia de atenuação dos efeitos da desertificação nessa área. Para isso, foi realizado levantamento de referências teóricas nas bases científicas Google Acadêmico, plataforma da EMBRAPA e portal de periódicos da CAPES/MEC – onde a principal fonte de artigos foi a SciElo –, sendo adotado como critério de exclusão, dentre outros, os artigos com classificação superior a B2. Os resultados do estudo em questão mostraram que o uso de algumas espécies endêmicas do semiárido, como a Jurema preta, o Angicos, a Aroeira e a Faveleira assumem papel importante como estratégias de controle dos efeitos da desertificação no semiárido, uma vez que as espécies acima elencadas apresentam elevado índice de benefícios ao sistema água, solo e atmosfera, bem como alta tolerância às condições morfoclimáticas da região. Dessa forma, é possível concluir que é de fundamental importância compreender o potencial de algumas espécies autóctones do semiárido como alternativas promissoras no uso do reflorestamento para atenuar os efeitos da desertificação e assim, contribuir para um melhor convívio, de forma sustentável, no semiárido brasileiro.