As imagens presentes em livros de história podem ser utilizadas para estimular os alunos a compreenderem as representações de patrimônios que expressaram determinados gostos, valores e tradições, no entanto, o livro não permite a relação de experiência, vivencia e identidade. A Educação Patrimonial pode ser percebida como um eixo interdisciplinar, pois, além de ser um tema intrigante, que dá margem para várias abordagens, é promissor para auxiliar na formação e exercício da cidadania e identidade cultural (SILVA, et ali 2013). A cidade de Campina Grande é rica em Patrimônio Histórico Material e Imaterial, chamado de “lugares de memória” (NORA,1993), parte dele construído como fruto do desenvolvimento econômico durante a era do ouro branco (“algodão”). Ao andarmos pelo centro da cidade, é visível a Art’Decor, que hoje enriquece o seu centro com suas formas escalonadas, aerodinâmicas, presença de geometria na fachada e cores vibrantes (QUEIROZ, 2010) são características que geram uma relação de esplendor na cidade. Esse trabalho tem por objetivo utilizar a riqueza arquitetônica do município de Campina Grande - PB como prática do ensino de história na sala de aula da turma do 6º ano B da Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes de tal modo a auxiliar na formação e exercício de cidadania a identidade cultural. As atividades de “práticas educativas” (VIDAL, 2005) foram desenvolvidas na sala do 6°ano B na escola Municipal Tiradentes, composta por 25 alunos, dividido em três etapas: a primeira foi a realização de aulas teóricas trabalhando os conceitos de patrimônio histórico arquitetônico, as características da Art´Decor, a história do desenvolvimento econômico da cidade e as reformas urbanistas. A segunda foi o desenvolvimento de uma oficina de pintura trabalhando a sensibilidade do olhar dos alunos na composição de telas sobre prédios do centro da cidade que possuem o estilo arquitetônico. A terceira foi visitas técnicas ao museu digital de Campina Grande e ao Museu do Algodão que trouxeram para os alunos a oportunidade de unirem a educação patrimonial, a relação de identidade ao visitarem esses lugares de memória. Espera-se que as práticas educativas exercidas com os alunos resultem no entendimento da educação patrimonial como algo que recebemos do passado, vivenciando no presente e transmitindo as gerações futuras, edificando um pertencimento dos indivíduos a sua cidade, sentimento esse, que acaba por assegurar uma identidade cultural. Acredita-se também, que as visitas aos museus e a oficina de pintura tragam aos alunos a capacidade de se verem como atores históricos e consequentemente, como agentes sociais de sua própria história. Sendo o patrimônio material um fator abundante que traz consigo uma imensa carga de história, ele emana um sentimento aos indivíduos que assegura uma respectiva identidade cultural e obtém um valioso conhecimento acadêmico para o ensino, essa prática de educativa no ensino de história torna mais produtiva a transmissão de informações, além de dar-lhes um afeto de pertencimento a história de Campina Grande tratando-os como atuantes na história.