"agua da fulô que cheira, um nuvelo e um carrim": uma abordagem fotoetnográfica sobre a diversidade da feira do km 100.
Todos os domingos, uma multidão, da madrugada até o final do domingo, dirige-se para o abrigo povoado do Km 100, às margens da BR 116. Um dos marcos civilizatórios desta comunidade, este evento é responsável, dentre outras coisas, pelo seu aspecto financeiro. Porém, através da vivência em vários momentos distintos em três anos diferentes, utilizei a fotoetnografia para construção narrativa de sua diversidade. A imersão na feira e o contato com feirantes e partícipes, foi fundamental para tentar perceber, para além do seu escopo comum, a diversidade deste/neste "acontecimento" do semiárido brasileiro. A canção "o 'pidido'" de Elomar, emprestou alguns versos como inspiração e as lentes das máquinas e dos celulares foram o portal este trabalho. Assim, como filho deste lugar e pesquisador sobre as identidades culturais, não poderia me furtar a aprender com o cheiro da "água de fulô", o novelo, tal como fio de Ariadne e o "carrim" que me leva a lugares que neste solo comecei a planejar!