O processo de desertificação no Brasil é consequência da degradação ambiental, principalmente nas áreas da Caatinga e do Cerrado, resultante das variações climáticas e dos impactos negativos da ação antrópica. Segundo dados, 16% do território brasileiro estão susceptíveis à desertificação. O Território de Irecê, atualmente registra cerca de 500.000 hectares de sua vegetação desmatada, esse fenômeno se deu através do uso inadequado dos solos para a produção de culturas agrícolas irrigadas, os quais foram submetidos ao uso de agrotóxicos em grandes quantidades, extração irracional do potencial aquífero subterrâneo e desmatamentos em geral, dessa forma, resultando em áreas improdutivas e vulneráveis a desertificação. O presente trabalho tem como objetivo o reflorestamento de áreas em processos de desertificação no Território de Irecê com espécies nativas e frutíferas e a mobilização das comunidades das áreas afetadas, visando contribuir com o meio ambiente e uma melhor qualidade de vida das pessoas. O trabalho vem sendo desenvolvido pelos discentes da universidade do estado da Bahia (UNEB), Campus XVI, matriculados nos cursos de licenciatura em letras, pedagogia e bacharel em administração, por meio de bolsas de extensão, iniciação científica e contribuição voluntária. A primeira etapa do projeto constituiu-se na socialização das ações do projeto junto aos discentes vinculados, juntamente com a supervisão do professor orientador. Os primeiros passos consistiram na realização de campanhas junto à comunidade acadêmica e entorno da universidade, buscando adquirir sementes e embalagens vazias de alimentos de 1 e 2 kg para realizar o plantio e posteriormente a distribuição das plantas. Foram plantadas aproximadamente 700 mudas entre elas, pode-se citar, Pterodon emarginatus, Schinus terebinthifolius, Mangifera indica, Psidium guajava, Malpighia emarginata, Anacardium occidentale, Spondias tuberosa, Sideroxylon obtusifolium, Prosopis juliflora, Tamarindus indica, Annona squamosa, Carica papaya e Annona muricata. Posteriormente, o plantio passou a ser desenvolvido nas residências dos bolsistas buscando potencializar a proteção das mudas e consequentemente transportado para o Departamento de Ciências Humana e Tecnologias (DCHT) – Campus XVI. Observa-se nesta mesma ação a falta de interação e sensibilização por parte da comunidade acadêmica em não participarem dos projetos e a falta de discussões multidisciplinares na universidade sobre essa temática. Outro fator que impactou negativamente foi a pouca divulgação realizada pelos bolsistas. A segunda etapa consistirá em realizar o plantio de mudas em áreas degradadas e em processo de desertificação em diferentes cidades do Território de Identidade de Irecê, assim, combatendo e retardando o processo da degradação ambiental, além de beneficiar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.