ARAÚJO, Layane De Santana et al.. . Anais V CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/49362>. Acesso em: 22/12/2024 21:38
O ensino de Língua Portuguesa (LP) tem sido alvo de críticas e contínuas discussões, desde o fim do século passado, devido ao fato de os professores apresentarem uma concepção estruturalista da língua, o que ocasiona(vam) em aulas que gira(vam) em torno de atividades metalinguísticas, distantes dos usos reais da língua em funcionamento. Nesse contexto, fazer uso dos gêneros textuais em sala e aula vem possibilitar o desenvolvimento comunicativo e interacional dos alunos, conforme orientam os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), Diante dessa afirmativa, neste trabalho, nos propusemos a refletir sobre a relevância que o professor de Língua Portuguesa atribui ao trabalho com gêneros textuais em sala de aula. Para isso, este estudo utilizou como respaldo teórico os estudos de Bakhtin (2003) sobre os gêneros discursivos e os estudos de Marcuschi (2008), Antunes (2009) e Dolz e Schneuwly (2004) entre outros, sobre os gêneros textuais. A pesquisa toma como base, ainda, as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, 2000), que norteiam o ensino da Língua Portuguesa na Educação Básica. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que tem como corpus os dados gerados por um questionário aplicado junto a um professor do Ensino Médio de uma escola do município de Rio Tinto-PB. Os resultados da análise apontam para o reconhecimento da importância do trabalho com os gêneros textuais para a formação do indivíduo, ao mesmo tempo em que revela a necessidade de o professor ter mais tempo para planejar as aulas e capacitar-se para se tornar letrado digital e assim trazer para a sala de aula os novos gêneros que permeiam a realidade dos discentes, como forma de despertar o interesse pelas aulas de Língua Portuguesa.