A preocupação com a qualidade dos livros e sua distribuição pelo território do país não vem de hoje e é preciso entender o percurso que o levou a consolidar-se como principal recurso didático nas salas de aula brasileiras, sendo as políticas públicas hoje a principal fonte de entendimento sobre a aquisição e distribuição de livros didáticos no país. A educação ambiental adquire diversas formas e se transforma em um campo de disputa. Muito se fala sobre quais devem ser os objetivos da educação ambiental e hoje percebemos que por não se tratar de um disciplina escolar, a educação ambiental vem sendo homogeneizada em discursos reformistas e não transformadores da realidade dos alunos. Esse trabalho tem como objetivo analisar os livros didáticos de biologia do PNLD 2018, identificando a temática educação ambiental nos conteúdos desenvolvidos ao longo dos livros e através dos resultados refletir sobre como eles são evidenciados. Para isso utilizamos a análise de conteúdo segundo Bardin (2006). Pelos resultados preliminares desse estudo percebemos que a educação ambiental ainda não se estabeleceu como um campo efetivo dentro dos livros didáticos, embora o senso comum nos diga que é no ensino de Biologia que esse tema precise ser desenvolvido. Apesar das questões e aspectos ambientais serem temas freqüentes em discussões sejam elas políticas, nos meios de comunicação ou mesmo na própria educação, os livros didáticos pouco absorveram essas questões. A análise de conteúdo é uma metodologia importante e deve ser melhor explorada para as análises em livros didáticos. Concluímos também que para além desses resultados preliminares, é necessário investigar com quais tendências em educação ambiental esses livros se associam, já que apenas a análise quantitativa nesse caso não é capaz de discutir todas as questões que envolvem os livros didáticos e a educação ambiental.