Considera-se o jogo como importante recurso para estimular o desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras e de valores sociais e afetivos. As equipes do Setor de Supervisão e Orientação Pedagógica e do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas apresentam este projeto que trabalha com alunos com deficiência intelectual e transtorno do espectro autista, incluídos em turmas de ensino médio do Colégio Pedro II – campus Duque de Caxias. Ao considerar-se que as pessoas com deficiência intelectual apresentam limitações significativas do funcionamento intelectual e do comportamento adaptativo e que pessoas com transtorno do espectro autistas apresentam prejuízos na interação social e comunicação, utiliza-se os jogos como ferramenta pedagógica objetivando enriquecer a aprendizagem, atendendo ao maior apelo cognitivo e social para estimular o desenvolvimento da curiosidade, concentração, atenção, iniciativa, raciocínio lógico e afetividade. Utilizam-se jogos de domínio público em encontros semanais de trinta minutos, individualmente e mediado por um componente das equipes. De acordo com o avanço do aluno, o tempo será ampliado, assim como a introdução de parceria ou equipe. Avalia-se, inicialmente, que os alunos convidados estão motivados e se mantêm na atividade no tempo previsto, com exceção de uma aluna deficiente intelectual e um aluno autista. Para os alunos com necessidades específicas, o jogar, vai além do desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais e valores morais; com a mediação, busca-se favorecer que se tornem amadurecidos emocionalmente e seguros, propiciando a minimização das diferentes hierarquias presentes na escola, para que possam, nas suas aulas regulares, serem protagonistas da aprendizagem significativa.