Este artigo é um relato de experiência, produto do estágio pedagógico e
profissional realizado como componente obrigatório do módulo III do curso de pósgraduação/mestrado
da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, pelo departamento
de pós-graduação em Educação Agrícola- PPGEA. O estágio foi realizado no período de
06 a 24 de novembro de 2017 e ocorreu no município de Bonfim-Roraima para a
formação do curso técnico em agente comunitário de saúde. Durante esse período, o
estágio ocorreu utilizando a abordagem das metodologias ativas, uma metodologia
problematizadora, tendo como referência o Método do Arco (BERBEL, 1998), de
Charlez Maguerez, por possibilitar a participação ativa dos participantes, considerando
seus conhecimentos prévios que se constituíram como ponto de partida para o inicio de
cada discussão e colocando-os, não como meros receptores, mas como fonte de
conhecimentos e experiências que foram utilizados como ponto de engajamento para
identificação e solução de problemas dos seus cotidianos. Ser docente na área da saúde
requer do professor uma visão holística dos acontecimentos do cotidiano, haja vista que é
necessário utilizar exemplos do cotidiano que aproximem os alunos das realidades e
possibilita a troca de conhecimentos, assim, utilizar a metodologia problematizadora
representou um importante ganho na execução do curso e um forte enriquecimento de
experiências para a atuação docente. Desse modo, esse artigo tem como objetivo:
Apresentar a vivência do docente de enfermagem na execução do curso técnico em
agente comunitário de saúde com a formação educacional direcionada a esse publico para
atuação no âmbito urbano e rural. Com isso, o estágio foi desenvolvido para proporcionar
aos agentes comunitários de saúde em formação uma maior vivencia na execução de
atividades, bem como aproximá-los da realidade dos serviços de saúde. Por fim, a
oportunidade dessa formação foi dupla, pois moldei melhor meu olhar sobre as
possibilidades de atuação dos ACS bem como do poder de transformação que estes
dispõem bem como pude moldar o olhar dele para seu meio de trabalho, trazendo de a
oportunidade de percepção que os mesmos são agentes de transformação para uma saúde de qualidade e que a definição de “ACS como elo entre a comunidade e a UBS” é bem
menos teórica e mais prática, a se perceber pela importância e reflexo de um trabalho
quando feito de forma completa e complexa. Contribuiu-se para uma formação mais
completa e embasada dos profissionais ACS, o que possibilitará uma atuação mais
fortalecida e integral, levando-se em conta todas as particularidades do processo de
cuidar.