Este texto objetiva encetar uma tessitura do currículo do ponto de vista prescrito e vivido. Assim, ele apresenta como questão norteadora: em que medida conhecer as concepções de currículo dos estudantes de geografia contribui para o processo de formação de vida pessoal e profissional? Participaram da pesquisa 25 discentes,de ambos os sexos,com média de idade de24 anos, do curso de Licenciatura em Geografia, da Universidade de Pernambuco-Garanhuns. Usamos a pesquisa associativa, com técnica de associação livre de palavras, para o tema indutor “Currículo. As análises dos participantes da pesquisa nos mostram duas abordagens de significantes. Uma delas diz respeito à formação para o exercício da docência, percebida pelas evocações: aprendizado, identificação, trajetória, experiência, conhecimento, interdisciplinaridade, sistema e histórico. A outra abordagem se refere a formação profissional, com fins de trabalho, com as evocações: conteúdo, disciplina, estabilidade, dinheiro, capacidade, sacrifício, trabalho, qualificação, formação profissional, emprego e oportunidade. Conclui-se, portanto, que o entendimento de currículo encontra-se voltado mais para a perspectiva do vivido nas duas abordagens (formação do exercício da docência e formação para um futuro profissional). Os dados sugerem que o currículo prescrito e o vivido seja bastante dialogado na instituição do ensino superior e nas escolas, buscando a tessitura de currículo prescrito e vivido. Reconhecemos a necessidade de um maior diálogo com as escolas, tecendo uma formação em que universidades e escolas se aproximem na busca comum de conhecimentos/saberes mais elaborados e compartilhados nas dimensões: políticas, ecossociais, econômicas, culturais e de existência de vida pessoal e profissional.