O presente artigo pretende relatar minha experiência no projeto de extensão desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa sobre Relações Étnicos-Raciais Frantz Fanon, vinculado ao departamento da Universidade Federal de Pernambuco intitulado: Genocídio da juventude negra em Recife e a constituição da identidade racial” desenvolvido com alunos do 7° ano da Escola Pintor Lauro Villares, sob a orientação da Professora Doutora, Liana Lewis.
Na escola procuramos entender como os alunos entendiam o Genocídio da juventude negra e se os mesmos conseguiam relacionar este fato a raça. Procuramos debater o genocídio como o defendido pelo jurista refugiado da ocupação nazista Rafael Lemkin (1944), como sendo a morte física e cultural de um determinado grupo.
Apresentamos a turma conceitos pós-coloniais e pós-diaspóricos e conseguimos relacionar com charges, curtas, e discussão mediada a temática proposta no projeto de extensão. No inicio do trabalho, separamos um grupo focal de 6 alunos para fazermos a entrevistas, que foram aplicadas antes do início das intervenções em sala e logo após o termino do cronograma, e nós podemos perceber que o comportamento dos alunos frente a raça foi alterado.
Entendendo que as marcas históricas do processo de embranquecimento de nossa sociedade ainda se fazem presentes, trazendo a problemática racial para a sala de aula, faz com que estas crianças, além de se perceberem racialmente, tenham informação para lutar contra o preconceito e a discriminação racial.