Este trabalho tem como objetivo discutir as questões de gênero nos cursos de Licenciatura na UPE – Mata Norte. O acesso à educação contribuiu consideravelmente, especialmente a partir dos anos 1950 e 1960, na possibilidade das mulheres construírem novas trajetórias biográficas. No entanto, nem sempre estas novas possibilidades de trajetórias femininas encontraram ambientes sociais acessíveis para se desenvolver. Desse modo, a presença feminina nos cursos de nível superior esteve sempre restrita as chamadas carreiras “tradicionais” (Carvalho, 1988). Assim, partimos do pressuposto que a procura pelos cursos de formação superior continua sendo a opção mais forte para as mulheres. Acreditamos, que tal fato se deve a existência tanto no imaginário coletivo, e até mesmo das próprias mulheres, de estereótipos, que as fazem distanciarem de algumas opções consideradas não apropriadas para o sexo feminino. Trata-se de uma pesquisa de campo, que está sendo realizada na UPE – Mata Norte. Este trabalho não tem a pretensão de exaurir a temática da questão de gênero na educação superior, pretendemos somente, trazer a discussão no âmbito da formação superior, evidenciando a desigualdade de gênero ainda presente nesta esfera.