Compreendemos que a prostituição é a prática consciente da negociação/troca do corpo por dinheiro ou por outra compensação financeira e/ou material, com a possibilidade de infinitos/as parceiros/as e de experiências sexuais diversas. Na ciberprostituição, os usuários de sites e aplicativos podem combinar antecipadamente as regras, o preço e as atividades sexuais a serem realizadas durante a “curtição”. Utilizando o espaço virtual, o michê pode vender seu produto – o sexo – enviando ao cliente fotos, vídeos e áudios, visto que a internet facilita as negociações entre o vendedor e o comprador e ainda os mantêm no anonimato, por isso tornou-se uma ferramenta bastante utilizada no mundo da prostituição. Com o surgimento dos tablets e smartphones, vários usuários negociam encontros sexuais com prostitutos através dos diversos aplicativos de pegação. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo tecer algumas considerações acerca da prostituição de homens que comercializam o sexo na cidade de Maceió/AL, destacando as artimanhas, as estratégias e os recursos utilizados por eles no aplicativo Grindr, a fim de despertar a atenção dos clientes virtuais. Para tal, fundamentamos as nossas reflexões nos aportes teóricos de Bonfante (2016), Fábregas-Martinez (2000), Pereira (1976), Perlongher (1987), entre outros.