Este trabalho apresenta reflexões de uma experiência desenvolvida com turmas dos componentes de Estágio Supervisionado II e IV, do Curso de Licenciatura em Geografia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Campus Salvador: a realização de Oficinas Pedagógicas. Para a concretização de Oficinas tem sido necessário pesquisar referenciais que trabalham sobre formação de professores e formação docente em Geografia, a fim de subsidiar teoricamente as ações. O Estágio Supervisionado consiste em um componente curricular de suma importância para os discentes, tendo em vista que estes passarão a ter contato com a dinâmica escolar e processos de sua futura profissão. Considerando que nem sempre o calendário das instituições de formação de professores está em consonância com os das escolas da educação básica, surgem entraves justamente na fase de campo deste processo. Diante de tal questão, tornou-e necessário pensar em estratégias didático-metodológicas que pudessem validar os estágios realizados pelos discentes da Instituição em questão (o IFBA), surgindo a ideia da realização de Oficinas Pedagógicas. O que num primeiro momento foi planejado para resolver uma situação emergencial acabou tornando-se uma “MARCA” dos componentes dos Estágios II e IV. As oficinas ora mostradas foram planejadas e concretizadas por discentes integrantes dos Estágios II e IV, tendo sido momentos descontraídos de desenvolvimento de atividades dinâmicas e criativas para a turma. Vale ressaltar que esta estratégia tende a contribuir para o crescimento coletivo, na medida em que um discente acaba apoiando o outro e, aos poucos, os mais tímidos e que possuem dificuldades mais expressivas, acabam crescendo gradativamente, a partir do incentivo e do acolhimento coletivo. Além disso, as oficinas são um ponto de partida efetivo para a lapidação do grupo para a concretização da fase de campo nas escolas parceiras e, quando há o descompasso de calendários, constituem-se em atividades que os discentes podem experienciar a observação, co-participação e a regência de classe a partir das diretrizes da fase em que se encontram, cumprindo, portanto, o seu componente curricular.