No tear da presente discussão, objetivamos analisar as implicações da afetividade no desenvolvimento da aprendizagem na infância. Especificamente pretende-se investigar a constituição da afetividade na infância; discutir as bases cognitivas e afetivas da aprendizagem e identificar através das categorias de analises os fatores que contribuem para uma aprendizagem afetiva. Partindo como principal problemática “quais as contribuições da afetividade no processo de aprendizagem na infância?” Para responder tal questão utilizou-se inicialmente uma pesquisa teórica, exploratória e bibliográfica na tentativa de explicitar o desenvolvimento da criança, com o aporte teórico em: BARBOSA (2003); FERNANDEZ (1996); PAIN (1992); PIAGET (1982); VYGOTSKY (1987); WALLON (1998), entre outros. Em seguida realizou-se a pesquisa ação como abordagem qualitativa e metodologia de pesquisa nas ciências do ser humano e da sociedade aqui voltada aos estudos da Educação. Tal pesquisa de caráter empírico possibilitou a intervenção, problematização e reflexão das vivências no período de estágio clínico supervisionado realizado no curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia. Os resultados obtidos com esse estudo possibilitaram a feitura do relatório através da utilização dos relatos de experiência das ações vivenciadas durante o período de Estágio. Possibilitou, portanto, a reflexão sobre a estrutura globalizante da criança que envolve as bases afetivas e cognitivas, assim como corporais e sociais como princípios de aprendizagem infantil. Portanto, foi possível concluir que não há ato de ensinar-aprender sem a mediação concreta de estímulos estabelecidos pelos agentes da aprendizagem, não havendo, desse modo, relação ensino-aprendizagem sem que haja atuação indissociável entre inteligência, afetividade e desejo.