No Brasil, a educação inclusiva fundamenta-se na Constituição Federal de 1988 (BRASIL, CONSTITUIÇÃO, 1988), a qual garante a todos o direito à igualdade (art. 5º). No seu artigo 205, trata do direito de todos à educação, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, a seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho (BRASIL, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, 2004). A educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram a criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. Essa organização, fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade, determina formas de atendimento clínico terapêuticos fortemente ancorados nos testes psicométricos que definem, por meio de diagnósticos, as práticas escolares para os alunos com deficiência (BRASIL, 2008). Segundo Azevedo; Barros, (2004) o esporte é uma peça importantíssima no processo de inclusão social, pois através deste o indivíduo atingirá a dimensão total de inclusão social. Isso pode ser facilmente comprovado por ser um instrumento simples, acessível e eficaz, o qual contribui muito para que o indivíduo se sinta parte do meio social. Entende-se que o esporte é de suma importância no meio social, o interessante é que através do esporte a pessoa pode liberar sentimentos como nervosismo, estresse, raiva, medo, frustração, além de ter o poder de fornecer aos praticantes sentimentos como satisfação, auto realização, alegria e autoconfiança, influenciando assim uma visão de si mesmo e nas dos outros. Por isso, consiste a aplicação de mecanismos que podem estar servindo para treinar e desenvolver habilidades físicas e sociais em deficientes físicos (SOUZA, 2007). Este Estudo tem por objetivo relatar a experiência de levar o aprendizado no universo do adulto com deficiência, na modalidade de ensino EJA., acerca do conteúdo Bocha, pertencente aos esportes paraolímpicos, respeitando as características individuais das deficiências de cada um, por meio da utilização de oficinas e prática utilizando os materiais confeccionados pelos alunos.