O presente artigo é resultado de um trabalho desenvolvido em instituição de apoio pedagógico da rede de ensino estadual de Pernambuco, realizado com quatro alunos cegos ou com baixa visão, que estão cursando o 5º ano do ensino fundamental em escolas públicas e privadas e residentes em cidades diferentes da região metropolitana do Recife. A proposta das aulas é ensinar aos alunos a utilização dos equipamentos de cálculo chamados Desafiador e Soroban, os quais proporcionam aos estudantes acompanhar os conteúdos matemáticos em sala de aula regular de maneira igualitária em relação aos outros alunos que são normovisuais. Como cada indivíduo é único em sua singularidade, assim também são os caminhos percorridos durante a aprendizagem, ou seja, cada um de acordo com suas condições emocionais, físicas, cognitivas e nesse caso específico os resíduos visuais ou não, tem suas particularidades no ato de se desenvolver e aprender. nossa metodologia de abordagem qualitativa consistiu em apresentar as ferramentas aos estudantes, assim como, suas características e seu manuseio. em seguida, como registrar os números com diferentes ordens e classes. E posteriormente, como calcular adição, subtração, multiplicação e divisão. Percebemos que durante as aulas cada aluno correspondeu de maneira diferente as atividades propostas: com dois dos quatro alunos iniciamos as atividades utilizando o Desafiador e em seguida inserimos o uso do Soroban, já com os outros dois alunos como já tinham conhecimentos prévio do Soroban como as características do equipamento, seu funcionamento e como registrar os números, com eles não utilizamos o desafiador.