Com a aprovação da Lei Berenice Piana (12.764/12) que assegura aos autistas os mesmos direitos que a pessoa com deficiência, foi designado no Inciso 4º do artigo 2º o direito a um Acompanhante Especializado em sala de aula caso a criança apresente dificuldades de aprendizagem acentuada e problemas em manejo comportamental. Após quase seis anos da aprovação da lei é intenso o debate acerca de quem seriam esses Acompanhantes, formações necessárias e verdadeiras funções pois, a lei não expõe de forma clara deixando assim a livre interpretação por parte das instituições de ensino e famílias. Tendo em vista a importância desse profissional no processo de Inclusão do aluno autista, torná-lo objeto de estudo se faz importante diante da imensa responsabilidade que o mesmo assume no contexto escolar. Diante desse exposto, o referido estudo tem como objetivos analisar o papel do Acompanhante Especializado do aluno com Transtorno do Espectro Autista no contexto escolar; conhecer as funções exercidas por esses Acompanhantes Especializados frente o dilema da Inclusão; identificar as dificuldades e apontar os desafios enfrentados pelos mesmos no contexto escolar. Por meio de observações participantes, realizadas através de um roteiro pré -estabelecido, e entrevistas semi- estruturadas, que serão aplicadas posteriormente , a pesquisa é desenvolvida em uma escola de rede privada de São Luís- MA e, a grosso modo, percebe-se a importância desse profissional dentro do contexto de Inclusão de crianças autistas levando-se em consideração que grande maioria das crianças, da instituição pesquisada ,possuem sérios comprometimentos de linguagem, interação e comportamentos desruptivos.