Resumo. Neste artigo, propomo-nos a apresentar o resultado de uma pesquisa que teve por objetivo geral compreender de que maneira uma intervenção pedagógica voltada para a formação humana integral pode fortalecer habilidades socioemocionais de alunos de medicina de uma universidade estadual de Pernambuco (UPE). Mais especificamente, procuramos analisar a formação médica por uma perspectiva integral, através da prática pedagógica em uma disciplina modular do eixo humanístico do novo currículo médico, oportunizando o autoconhecimento e automonitoramento emocional e consciência emocional. Trata-se de uma pesquisa participante de abordagem qualitativa, a qual realizamos na condição de observadoras durante o primeiro semestre de 2018, em 12 encontros semanais de 4 horas, com um grupo de estudantes do quinto semestre do curso de medicina da UPE, de faixa etária entre 17 a 23 anos de idade, onde o processo de ensino se deu através de metodologia ativa de aprendizagem significativa, com aulas invertidas, rodas de conversas, exposição dialogada em equipe de casos de infrações éticas vivenciadas, dramatizações e simulações realísticas. Os achados da pesquisa nos levaram a concluir que a nossa abertura à escuta compassiva com os alunos, as trocas de experiências e reflexões intra e interpessoais, respeitando sempre o protagonismo do estudante no desenvolvimento humano nas múltiplas dimensões humanas, tem papel fundamental para a consolidação de uma formação médica integral. As emoções e as relações sociais empáticas são basilares no processo formativo-educativo para o futuro médico.