O trabalho tem por objetivo apresentar os conceitos centrais nas discussões do campo da
antropologia da criança e problematizar noções hegemônicas de infância, com o objetivo de contribuir
para as pesquisas com crianças na área da educação infantil. Partindo da linha conceitual que
entende a criança como ator social dotado de agência e produtor de cultura. O trabalho questiona a
noção ocidental da criança passiva ao seu meio social e da infância como uma mera fase de
obtenção de conhecimentos necessário para o tornar-se adulto. Assim, contrariando a premissa da
infância como "vir a ser", apresenta as noções que hoje se tem de criança, com base em autores
clássicos da história, educação, antropologia e da sociologia da infância, que de maneira
interdisciplinar colaboram para compreensão da criança e das infâncias no contexto contemporâneo.