O presente artigo tem por objetivo discutir concepções de infância, a partir de estudo realizado por Leni Dornelles, em livro denominado: Infância que nos escapam: da criança na rua à criança cyber. A leitura deste livro ocorreu durante processo de formação acadêmica, no Curso de Pedagogia da UEPB (Campus I), por ocasião do cumprimento de componente curricular, “Educação Infantil I”. Trata-se, de um estudo qualitativo, do tipo pesquisa bibliográfica. Dornelles, atesta mudanças sobre o conceito de infância, da idade média tardia até a atualidade, denotadas a partir de questões que envolvem relações entre adultos e crianças, e medidas educativas, por exemplo. A autora cita Philippe Ariès (1981), um dos principais estudiosos acerca da construção do sentimento de infância, com base na icnografia francesa, recortada entre os séculos XVI e XVII. Deste autor, Dornelles enfatiza, dentre outros, o elevado grau de infanticídio, e a falta de atenção à condição de criança. Crianças eram vistas como adultos em miniaturas. Ademais, a autora apresenta concepções de infância na contemporaneidade, e considera que a situação econômica, cultural e social de uma criança lhe direciona para diferentes concepções sobre essa fase, algumas são por ela intitulada de infância ninja e outras de infância cyber. Por fim, o conceito e a condição da “infância” passaram por diversas construções ao longo dos anos. Hoje, vistas como sujeitos de direitos, as crianças conseguem mais atenção social. A classe social em que a criança está inserida pode definir condições de sua infância, ou de suas infâncias.