Esse artigo é ancorado em estudos recentes e apresenta os resultados obtidos na pesquisa de Pós graduação strictu sensu, que tem como objetivo geral as representações sociais que norteiam o docente do ensino de matemática, na sua prática em sala de aula quando promovem a aprendizagem dos estudantes. Teve como embasamento teórico a Teoria da Representação Social de Serge Moscovici (2012) e Denise Jodelet (1984), conjugadas a outras teorias. Ademais, apresenta um recorte do processo de construção da identidade do docente de matemática, através de influências e orientações recebidas na escolha da formação. O desenho da pesquisa visou aprofundar a análise e descrever qualitativamente os dados obtidos. Foi realizada na cidade do Cabo de Santo Agostinho - PE – Brasil, com 27 (vinte e sete) professores do Ensino Fundamental (anos finais) durante o ano de 2017. A investigação deu-se em duas etapas, inicialmente, com a aplicação de 1 (um) questionário com 25 (vinte e cinco) perguntas abertas, aos professores do grupo de formação do município. Na segunda etapa, foram feitas entrevistas em profundidade com 2 (dois) professores de matemática das escolas do município que obtiveram o maior e menor Índice de desenvolvimento na educação básica (Ideb) em 2015. As informações coletadas foram submetidas à análise de conteúdos de acordo com (Bardin, 1977). Tornou-se perceptível que no imaginário desses professores, saber matemática significa sabedoria, inteligência e genialidade, em detrimento do não saber matemática. Nesse artigo discutiremos questões embasadoras das escolhas feitas por esses docentes considerando algumas causas e consequências das percepções adquiridas através de vários contextos da formação social e acadêmica.