Em sua grande maioria, as pessoas com deficiência encontram grandes barreiras, sejam elas arquitetônicas ou atitudinais, para garantir seus direitos sociais. As pessoas com deficiências físicas severas tem essas barreiras ampliadas. A bocha paralímpica surge para atender as pessoas com paralisia cerebral severa e posteriormente outras deficiências com complicações motoras graves são inseridas na modalidade. As aulas de educação física na escola pode ser um fator fundamental no processo de garantir a efetividade desses direitos humanos e sociais, já que o esporte tem sido utilizado para melhorar a qualidade de vida das pessoas e suas condições biopsicossociais. Objetivos: Analisar as experiências dos atletas da bocha paralímpica do nordeste nas aulas de educação física no período escolar. Metodologia: Estudo transversal de amostra por conveniência, para análise descritiva qualitativa dos atletas participantes do Campeonato Nordeste de Bocha Paralímpica. A amostra foi de 57 atletas com idade média de 26,3 anos. Foi utilizado questionário que objetivava colher dados sobre as experiências na educação física escolar dos atletas. Resultados: Dos entrevistados 58,9% são do sexo masculino, 40,4% são atletas do RN, 33,3% tem o ensino médio incompleto, 80,2% estudaram em escolas públicas, 68,4% não participava das aulas de educação física, 54,4% informaram que as aulas de educação física não favoreciam o processo de inclusão, 70,2% não tiveram contato com o esporte na escola, 50,9% relataram que a educação física teve nenhuma importância na sua formação. Conclusão: Apesar das grandes possibilidades da inclusão nas aulas de educação física, para essa amostra a sistematização do conteúdo deste componente curricular dentro da escola não favoreceu transformações significativas nestes indivíduos.