MARREIRO, Rhaldney Soares et al.. A gestão escolar e o habitus: o que nos diz bourdieu?. Anais V CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/45834>. Acesso em: 04/11/2024 19:55
O presente trabalho tem como proposta analisar a gestão escolar da escola pública referência em ensino médio, localizada no município de Paulista - PE, à luz das contribuições do sociológico Pierre Félix Bourdieu. Esperamos que essa análise traga importantes contribuições para a reflexão acerca da educação em nossos tempo. Bourdieu (1983) trata a escola como agente social capaz de múltiplas estratégias para contribuir com a manutenção do status quo, reproduzindo assim as desigualdades sociais. O autor utiliza para isso o conceito de habitus, que é compreendido por Bourdieu como “um sistema de disposições duráveis e intransponíveis que, integrando todas as experiências passadas, funciona a cada momento como uma matriz de percepções, de apreciações e de ações – e torna possível a realização de tarefas infinitamente diferenciadas, graças às transferências analógicas de esquemas (...).” (Bourdieu, 1983b, p.65). Compreendemos como incontornável a contribuição de Bourdieu para a educação mesmo nos dias atuais, por esta razão nos associamos a Setton (2002) e adotamos sua compreensão do conceito bourdiano de habitus em nosso estudo. Conhecendo mais a escola foi possível observar a importância da realização de projetos com os alunos para o desenvolvimento de suas habilidades tanto que a escola é referência no ensino de robótica, mesmo com baixos investimentos, possuindo também muitos outros projetos que buscam estimular os educandos a desenvolver sua criatividade como projetos de música, oficinas de palestras, contribuindo para a criação de novos habitus para os educandos. Compreendemos que qualidade na educação é bem mais que os índices das avaliações de rede ou que os desempenhos em vestibulares têm revelado.