Neste artigo, ligado ao Grupo Formação de Professores – aberto durante a realização do V CONEDU (Congresso Nacional de Educação), será apresentado o resultado de estudos e pesquisas realizados no intuito de colaborar para com os trabalhos relacionados à formação e atuação docente. Assim, procuraremos despertar uma maior atenção quanto a presença do livro didático na sala de aula, buscando sua relevância no andamento das atividades prático-metodológicas e, ao mesmo tempo, a necessidade de formação e acuidade por parte dos profissionais quanto a sua utilização, de modo a não torná-lo instrumento de verdade inquestionável, com reinado absoluto no universo de ensino-aprendizagem. Propiciaremos uma reflexão acerca dos encaminhamentos de leitura no livro didático de português, já que sabemos ser esse manual, em muitas escolas, o único material disponível para o professor planejar suas aulas. Para tanto, pretendemos mostrar que o professor deverá ser preparado para analisar os procedimentos que o Livro didático de português dispensa aos sujeitos aprendentes. É possível que, ao final deste trabalho, despertemos quanto à necessidade de novos olhares acerca deste tema que embora muito estudado, continua como alvo de críticas na atualidade, constituindo-se um elemento complexo, uma vez que se destaca como o material didatizado mais utilizado pelo professor. Em síntese, enquanto pertencentes a uma sociedade excludente e altamente competitiva, é imprescindível a presença e atuação de docentes melhor preparados quanto ao hábito de ler e, consequentemente, à formação de leitores a partir de um trabalho consciente e crítico-reflexivo acerca dos materiais didáticos que utiliza.