O presente estudo tem o objetivo de tecer uma breve análise das inflexões neoliberais nas políticas sociais no sistema capitalista, especificamente, a política da educação. Discutindo a criminalização da “questão social” com recorte analítico do encarceramento feminino e o cerceamento do direito à educação a esta parcela da população. A perspectiva adotada neste artigo apreende-a na análise crítica marxista, compreendendo sua relação dinâmica com a totalidade. Nesse sentido a estrutura do trabalho está pautada nos seguintes aspectos: discussão acerca das inflexões neoliberal nas políticas sociais, com direcionamento à política de educação; e faz-se necessário também uma análise acerca do encarceramento feminino como parte das estratégias punitiva do Estado para responder às necessidades provenientes da relação antagônica entre capital e trabalho. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de campo realizada em 2017 no Centro de Reeducação Feminino “Maria Júlia Maranhão”, em João Pessoa/ Paraíba. A análise dos dados envolve uma leitura estatística através de gráficos, embasada na crítica de estudiosos que estudam esta questão em tela. Os resultados apontam que é necessário qualificar o tempo e as condições humanas da população carcerária, de modo que as pessoas envolvidas em um projeto educativo possam passar por aprendizagens positivas e tenham possibilidades reais de construção de uma identidade pessoal e social. Um projeto de educação pode reduzir a dimensão da vulnerabilidade, dentre a qual se assinala o distanciamento dos processos de construção do conhecimento e consequente desqualificação para o trabalho.