As aulas de Língua Portuguesa (LP), para muitas pessoas, inclusive professores, resumem-se ao ensino de gramática, embora ela abranja outros elementos, como a leitura (literária ou não), a produção de texto e os aspectos discursivos e notacionais da língua – e não se esgota nesses pontos. Entretanto, é nessa perspectiva gramatical que o ensino de língua ainda se desenvolve em várias escolas. Partindo desse pressuposto, este trabalho objetiva relatar a análise do perfil do professor de LP em processo de formação continuada (Discentes do Profletras/UEPB/CH). Para isso, foram aplicados oito questionários a docentes (mestrandos e mestrandas do PROFLETRAS) e, a partir disso, pudemos discutir suas concepções sobre o ensino de Gramática na aula de LP. As contribuições teóricas advêm de Antunes (2007, 2003) Bagno (1999), Bakhtin (1995), Callou (2013), Geraldi (1981), Kleiman (2001), dentre outros. Dentre os/as professores/as pesquisados, alguns já incorporam o conhecimento linguístico à sua prática em sala de aula, não se restringindo a repetir o mesmo ensino tradicional a que sempre estiveram habituados. Assim, promovem atividades de análise linguística. No entanto, outros ainda permanecem ligados à prática normativista ou, apesar de buscarem se afastar desse tipo de ensino, ainda continuam ligados aos métodos tradicionais. Os resultados, ainda, apontam para a necessidade de se buscar meios para que o conhecimento acadêmico, que propõe alternativas para o ensino da Gramática e de outras variantes, possibilite concretamente a construção conjunta de novas práticas em sala de aula.