Desde o nascimento, o ser humano se comunica através de suas emoções, e suas expressões vão evoluindo gradualmente, até se tornarem relações de afetividades mais profundas. O objetivo deste artigo científico é mostrar como a afetividade - em sala de aula - pode ser uma forma de facilitação da aprendizagem e relatar a afetividade como ferramenta de inclusão de um aluno autista. O percurso metodológico desse trabalho surge de uma pesquisa bibliográfica, qualitativa, em que buscamos teóricos como Wallon (1995), Tiba (2007) e Freire (2010) e ainda relatamos a experiência de uma das pesquisadoras, com uma turma de nível IV, a qual contém um aluno com transtorno do espetro autista, que só respondeu aos estímulos para produzir e interagir quando foi usada a linguagem afetiva. A criança não demonstrava concentração, não interagia, passava todo o horário fora de sala com o auxiliar. Com muito carinho, a criança foi recebida pela professora na turma que o acolheu com músicas – a qual ele interagiu batendo palmas - e demonstrou interesse, sentando-se perto de alguns colegas. Foi também observado que as aulas fluem com mais tranquilidade e sem situações de indisciplina, quando a professora trata com tamanho carinho que eles sentem-se acolhidos, estes respondem as atividades e se organizam rapidamente com frases como: “vou te dar um cheiro”; “meu amor, faz a atividade que a tia pediu” ou ainda “você é muito inteligente” – mas, se a fala for ríspida, os alunos não respondem as atividades ou não obedecem ao que foi proposto.