O presente trabalho objetiva apresentar e discutir alguns dos resultados obtidos sobre os itens de especificidade cultural (doravante IEC) no corpus paralelo bilíngue composto pelo romance Como agua para chocolate (1989), da escritora mexicana Laura Esquivel e sua tradução para o português brasileiro realizada pela tradutora Olga Savary (Editora Martins Fontes - 1993). Igualmente objetiva-se verificar se a versão analisada teve como efeito a acentuação ou o apagamento dos elementos culturais mexicanos através dos conceitos de estrangeirização e domesticação. Como arcabouço teórico, essa pesquisa alicerça-se nos Estudos da Tradução principalmente nos trabalhos empreendidos por Javier Franco Aixelá (2013) e Lawrence Venuti (2004). Dentre os resultados obtidos, destaca-se que a maioria dos IEC correspondem ao domínio gastronômico, o que espelha a temática da obra. Ainda pôde-se constatar que a tradutora teve tratamentos semelhantes frente aos IEC, ou seja, o uso da repetição dos vocábulos e da explicação extratextual por meio de notas de tradução resultando numa maior acentuação dos elementos culturais mexicanos em seu texto.