Este trabalho surge como resultado de uma experiência em sala de aula realizada em nossa pesquisa de mestrado em Literatura e Ensino, na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). A proposta foi realizada com alunos de 1º ano do ensino médio de uma Escola Estadual, no município de Campina Grande. Trabalhamos três contos de Ricardo Ramos (“Circuito Fechado (1)”; “Circuito Fechado (5)” e “Asa Branca”) nos quais o espaço assume diferentes funções além daquela de compor o ambiente da trama, ora se fundindo com os personagens num processo de “homologia” (Borges, 2007), ora influenciando as personagens e sofrendo as suas ações. Nesta comunicação, fazemos um recorte desta experiência e refletiremos sobre a recepção dos alunos ao conto “Circuito Fechado (1)”, tendo como categoria de análise o espaço narrativo e todas as possíveis simbologias ou representações que possa trazer consigo. Refletiremos sobre este conto, portanto, através da recepção dos alunos e de suas leituras, buscando priorizar aqueles elementos que se colocaram como principais em sua apreciação ao texto. Metodologicamente lançamos mão de alguns pressupostos do método recepcional de Bordini e Aguiar (1988), bem como do conceito de leitura compartilhada (Colomer, 2007). Para fundamentar as reflexões dessa experiência nos utilizamos de autores como: Jauss (1979); Iser (1999); Barbieri (2009); Colomer (2007); Dimas (1987); Lins (1976), Bordini e Aguiar (1988) e Pinheiro (2011). Os resultados apontam para uma vivência em que os colaborares se envolvem, dialogam com o texto e entre si, tornando-se sujeitos da leitura e não meramente aferidores de conceitos e de interpretações prontas