Este artigo encontra caminhos percorridos através da memória por sobre os trilhos de Ferrovia (2007) e baseia-se no livro Memória e Sociedade (Bosi, 1994). O homem tem as recordações de menino e recria no ofício do verso o espaço da sua fase primeira, ilustrando o que o tempo não foi capaz de apagar, permitindo ao poeta fazer recortes e nos oferecer saborosas fatias de sua história e da história das personagens que chegam e partem na estação de Alexandria. A partir dos resgates da memória ou da (re)criação das lembranças é que se constroem as estrofes. É possível embarcar em um trem sóbrio, cheio de cinza. Seguimos viagem em terra e tempo potiguares, por meio da poesia de Demétrio Diniz, nascido em Alexandria e depois da infância passou a residir na capital. É um empresário que sabe administrar as palavras. Em Natal (RN) produziu e publicou seus livros: Passarás (1999), Haveres (2004), Ferrovia (2007) entre outros.