Os índices de leitura, que vêm sendo apresentados por pesquisas realizadas no Brasil, apontam dados nada satisfatórios, mostrando que grande parte da população é considerada não leitora e analfabeta funcional (Retratos da Leitura no Brasil e Inaf ), o que deixa claro que se lê pouco em nosso país. Nesse sentido, observa-se que a leitura é realizada com frequência apenas como uma prática escolar, o que faz com que a escola fracasse na sua função social que entendemos como primordial: formar leitores críticos e capazes de compreender os diversos gêneros textuais que circulam na sociedade. Ao constatar tal fragilidade presente nos índices apontados e nas pesquisas realizadas, procuramos analisar as práticas docentes enquanto professoras do Ensino Fundamental I e dos cursos de Letras e Pedagogia, observando os desafios e as lacunas apresentados pela escola na formação de sujeitos leitores e procurando, por meio desse artigo, provocar uma reflexão acerca da formação dos docentes e dos ingressos e egressos dos cursos de licenciatura (particularmente Letras e Pedagogia), na tentativa de estabelecer relações entre a (não) formação de leitores e a formação docente em nosso país.