As informações sobre a popularização do romance quase sempre são (re)afirmadas tendo em vista a publicação de romances-folhetins nos rodapés dos jornais diários. Todavia, em meados do Oitocentos, França, Espanha, Portugal tiveram à disposição jornais que ofereciam “entretenimento [para]as horas de descanso de cada dia“ (Biblioteca Recreativa, 1878) sem que estas narrativas em prosa ficcional estivessem necessariamente publicadas na coluna Folhetim/Variedades.No Brasil, em 1876, a Livraria e tipografia de Lombaerts & Cia iniciou a edição de um periódico no mesmo molde, chamado Leitura do Domingo(1876-18--). Com esse título sugestivo,publicava todos os sábados o periódico, almejando disponiblizar, ao grande público e ao especializado, os melhores e mais aclamados romances da Europa, notadamente da França,para servir de leitura dominical das famílias. Ao analisar essse periódico, essa comunicação propõe discutir, no simpósio "Arquivos, Fontes Primárias e Periódicos", a circulação transnacional do romance francês a partir da popularização de um modelo de periódico, especializado na publicação de narrativas em prosa de ficção.