Artigo Anais ABRALIC Internacional

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

O BRASIL NA INTERNACIONAL NATURALISTA

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Publicado em 12 de julho de 2013

Resumo

Ao longo de praticamente todo o século 20, o Naturalismo brasileiro foi lido quase sempre como uma literatura menor, calcada em preconceitos e utilizadora de uma fórmula importada e inadequada à realidade nacional, cujo sucesso duradouro entre os leitores se explica em boa medida pelo teor sexual explícito de muitas narrativas, justificativa aplicada especialmente nos casos de "O cortiço", de Aluísio Azevedo, e "A carne", de Júlio Ribeiro, as obras mais populares. Este trabalho, no entanto, procura ler o Naturalismo brasileiro como parte importante de um movimento internacional e analisa algumas das adequações estéticas, temáticas e de método pelo qual passou. Considera que, a partir do modelo de romance experimental proposto por Émile Zola, autores como Aluísio Azevedo, Júlio Ribeiro e Adolfo Caminha, entre outros, escreveram romances que transformaram em matéria literária o processo de modernização econômica conservadora do Brasil no final do século 19, construindo personagens e tramas que deixaram marcas mais profundas na literatura brasileira do que tradicionalmente é reconhecido. Romances como "O cortiço", "A carne" e "Bom-Crioulo" tocaram em questões traumáticas para o país, como a escravidão e o controle da sexualidade dos indivíduos, numa sociedade que se aburguesava em vários sentidos, e significaram uma modernização nas letras e nas mentalidades do país. Para nós, é preciso romper com a ideia de que o movimento literário inspirado por Zola resultou, no Brasil, numa simples transposição atrasada e acrítica do modelo francês. Pelo contrário, é possível identificar, por meio da análise de histórias literárias, que o naturalismo chegou ao país antes de alcançar muitos países da Europa, e que sua leitura como “cópia servil” (Werneck Sodré) dos romances de Zola esconde algumas de suas principais qualidades.

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