Por muito tempo os quadrinhos – em especial o gênero de super-heróis – ocuparam uma posição marginal em relação a outras formas de arte. Aparecendo como uma das obras mais influentes do século 20, não apenas no mundo dos quadrinhos, Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons é a obra que melhor representa a quebra de paradigmas para esta forma de arte e para o gênero de super-heróis em especial, tornando-se referência também como obra literária e exemplo de beleza e excelência artística. Um dos aspectos peculiares da obra é a sua composição cromática realizada pelo colorista John Higgins. Alguns elementos da colorização original serviram como base para o filme de 2008, baseado nos quadrinhos. A referida adaptação para o cinema foi feita sob o olhar severo de críticos e fãs, mantendo-se bastante fiel à obra original, sendo a composição cromática das cenas um dos principais fatores de diferenciação entre as duas versões da obra. À vista disso, a proposta do presente trabalho é analisar o uso das cores nas duas obras em um estudo comparativo.