Artigo Anais ABRALIC Internacional

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

PÉ NAS ENCRUZILHADAS – RESSONÂNCIAS DE ON THE ROAD NA AMÉRICA LATINA

"2013-07-12 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 4177
    "edicao_id" => 14
    "trabalho_id" => 694
    "inscrito_id" => 1095
    "titulo" => "PÉ NAS ENCRUZILHADAS – RESSONÂNCIAS DE ON THE ROAD NA AMÉRICA LATINA"
    "resumo" => "Octavio Paz, em texto de Signos em Rotação, “Os Novos Acólitos”, comenta as vanguardas anglo-americanas dos anos 1950 e 1960, Geração Beat incluída. Faz uma comparação entre estas e aquelas europeias, de 1915-1930, encontrando semelhanças no papel da poesia em ambos ambientes – antecipadora e preparadora do surgimento de uma nova visualidade pictórica. Também anota a relação entre as vanguardas americanas e o Surrealismo e outras vanguardas europeias como a russa, mormente em Khliébnikov e Maiakóvski. A partir da descrição de algumas similaridades, Paz se utiliza dessa abertura como gancho para abordar outro tema – a influência de tal produção estadunidense na América hispânica. Apesar da “dívida” entre as gerações, Paz não nega a importância dos movimentos ao norte do Rio Bravo, mas enxerga limitações na sua expansão. Sua principal crítica foi à suposta alienação destes novos autores hispânicos em relação a sua própria tradição poética. Segundo Paz, o moderno jogo de movimentos e manifestos da poesia envolve a tradição da ruptura, onde os novos criadores se opõem aos antigos, e assim vão fazendo a nova história literária e cultural de uma comunidade. Mas para se opor, é necessário conhecê-la, e Paz não acredita que estes criadores a conheciam, estes “novos acólitos”, ou seja, os tais autores latino-americanos que buscavam nessa poesia anglo-americana, sua tradição. Acreditava que esta produção era apenas repetição e tradução, e que tais entusiastas nativos acompanhavam o rito “de fora” e o compreendiam “pela metade”. Assim como Paz usou a comparação entre vanguardas como gancho, para abordar a (para ele incômoda) relação entre parte dos jovens escritores hispânicos dos anos 60 e 70 e as vanguardas norte-americanas dos anos 50; nós utilizamos aqui o que ele disse como gancho, para começar a tratar da influência Beat na América Latina. Porque deste pequeno texto podemos tirar muitos vetores que dominaram a discussão muitas vezes polêmica desta relação de influência literária dentro das Américas. É possível observar, por exemplo, o preconceito da elite cultural latino-americana com a propagação de princípios da Geração Beat em seus “territórios”. O influente poeta e ensaísta mexicano simplesmente desconsiderou essa produção. E colocou como verdadeira vanguarda os concretistas, que também não reconheciam a poesia beat brasileira como legítima. Apesar deles, diversas cenas culturais na América Latina fizeram história dialogando com a Geração Beat. Tal diálogo se deu principalmente através da poesia, sendo Allen Ginsberg a maior referência, como o próprio Octavio Paz atesta. Mas houve também escritores de prosa onde a influência específica de On the Road, por exemplo, foi marcante. Acreditando na legitimidade desta arte, é nosso interesse, nesta apresentação, comentar algo desta produção. Atentando a produções publicadas nos dois países para onde On the Road foi vertido: Argentina e Brasil; e também naquele que foi o mais visitado e influenciado pela Geração Beat na América Latina: o México. Observando a história da tradução argentina e brasileira, seus contextos culturais – e grupos que dialogaram, como os autores da chamada literatura de la onda mexicana."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_1095_591b53467c65b482d2f13ab9c25323ef.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:52:50"
    "updated_at" => "2020-06-10 13:11:25"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ANDRE TELLES DO ROSARIO"
    "autor_nome_curto" => "ANDRE TELLES DO ROSARIO"
    "autor_email" => "andretellesdorosario@hotm"
    "autor_ies" => "UFPE"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-abralic-internacional"
    "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional"
    "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada"
    "edicao_ano" => 2013
    "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013"
    "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png"
    "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00"
    "publicacao_id" => 12
    "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL"
    "publicacao_codigo" => "2317-157X"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 4177
    "edicao_id" => 14
    "trabalho_id" => 694
    "inscrito_id" => 1095
    "titulo" => "PÉ NAS ENCRUZILHADAS – RESSONÂNCIAS DE ON THE ROAD NA AMÉRICA LATINA"
    "resumo" => "Octavio Paz, em texto de Signos em Rotação, “Os Novos Acólitos”, comenta as vanguardas anglo-americanas dos anos 1950 e 1960, Geração Beat incluída. Faz uma comparação entre estas e aquelas europeias, de 1915-1930, encontrando semelhanças no papel da poesia em ambos ambientes – antecipadora e preparadora do surgimento de uma nova visualidade pictórica. Também anota a relação entre as vanguardas americanas e o Surrealismo e outras vanguardas europeias como a russa, mormente em Khliébnikov e Maiakóvski. A partir da descrição de algumas similaridades, Paz se utiliza dessa abertura como gancho para abordar outro tema – a influência de tal produção estadunidense na América hispânica. Apesar da “dívida” entre as gerações, Paz não nega a importância dos movimentos ao norte do Rio Bravo, mas enxerga limitações na sua expansão. Sua principal crítica foi à suposta alienação destes novos autores hispânicos em relação a sua própria tradição poética. Segundo Paz, o moderno jogo de movimentos e manifestos da poesia envolve a tradição da ruptura, onde os novos criadores se opõem aos antigos, e assim vão fazendo a nova história literária e cultural de uma comunidade. Mas para se opor, é necessário conhecê-la, e Paz não acredita que estes criadores a conheciam, estes “novos acólitos”, ou seja, os tais autores latino-americanos que buscavam nessa poesia anglo-americana, sua tradição. Acreditava que esta produção era apenas repetição e tradução, e que tais entusiastas nativos acompanhavam o rito “de fora” e o compreendiam “pela metade”. Assim como Paz usou a comparação entre vanguardas como gancho, para abordar a (para ele incômoda) relação entre parte dos jovens escritores hispânicos dos anos 60 e 70 e as vanguardas norte-americanas dos anos 50; nós utilizamos aqui o que ele disse como gancho, para começar a tratar da influência Beat na América Latina. Porque deste pequeno texto podemos tirar muitos vetores que dominaram a discussão muitas vezes polêmica desta relação de influência literária dentro das Américas. É possível observar, por exemplo, o preconceito da elite cultural latino-americana com a propagação de princípios da Geração Beat em seus “territórios”. O influente poeta e ensaísta mexicano simplesmente desconsiderou essa produção. E colocou como verdadeira vanguarda os concretistas, que também não reconheciam a poesia beat brasileira como legítima. Apesar deles, diversas cenas culturais na América Latina fizeram história dialogando com a Geração Beat. Tal diálogo se deu principalmente através da poesia, sendo Allen Ginsberg a maior referência, como o próprio Octavio Paz atesta. Mas houve também escritores de prosa onde a influência específica de On the Road, por exemplo, foi marcante. Acreditando na legitimidade desta arte, é nosso interesse, nesta apresentação, comentar algo desta produção. Atentando a produções publicadas nos dois países para onde On the Road foi vertido: Argentina e Brasil; e também naquele que foi o mais visitado e influenciado pela Geração Beat na América Latina: o México. Observando a história da tradução argentina e brasileira, seus contextos culturais – e grupos que dialogaram, como os autores da chamada literatura de la onda mexicana."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "Completo_Comunicacao_oral_idinscrito_1095_591b53467c65b482d2f13ab9c25323ef.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:52:50"
    "updated_at" => "2020-06-10 13:11:25"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ANDRE TELLES DO ROSARIO"
    "autor_nome_curto" => "ANDRE TELLES DO ROSARIO"
    "autor_email" => "andretellesdorosario@hotm"
    "autor_ies" => "UFPE"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-abralic-internacional"
    "edicao_nome" => "Anais ABRALIC Internacional"
    "edicao_evento" => "XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada"
    "edicao_ano" => 2013
    "edicao_pasta" => "anais/abralic/2013"
    "edicao_logo" => "5e48acf34819c_15022020234611.png"
    "edicao_capa" => "5f17347012303_21072020153112.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2013-07-12 00:00:00"
    "publicacao_id" => 12
    "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC INTERNACIONAL"
    "publicacao_codigo" => "2317-157X"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 12 de julho de 2013

Resumo

Octavio Paz, em texto de Signos em Rotação, “Os Novos Acólitos”, comenta as vanguardas anglo-americanas dos anos 1950 e 1960, Geração Beat incluída. Faz uma comparação entre estas e aquelas europeias, de 1915-1930, encontrando semelhanças no papel da poesia em ambos ambientes – antecipadora e preparadora do surgimento de uma nova visualidade pictórica. Também anota a relação entre as vanguardas americanas e o Surrealismo e outras vanguardas europeias como a russa, mormente em Khliébnikov e Maiakóvski. A partir da descrição de algumas similaridades, Paz se utiliza dessa abertura como gancho para abordar outro tema – a influência de tal produção estadunidense na América hispânica. Apesar da “dívida” entre as gerações, Paz não nega a importância dos movimentos ao norte do Rio Bravo, mas enxerga limitações na sua expansão. Sua principal crítica foi à suposta alienação destes novos autores hispânicos em relação a sua própria tradição poética. Segundo Paz, o moderno jogo de movimentos e manifestos da poesia envolve a tradição da ruptura, onde os novos criadores se opõem aos antigos, e assim vão fazendo a nova história literária e cultural de uma comunidade. Mas para se opor, é necessário conhecê-la, e Paz não acredita que estes criadores a conheciam, estes “novos acólitos”, ou seja, os tais autores latino-americanos que buscavam nessa poesia anglo-americana, sua tradição. Acreditava que esta produção era apenas repetição e tradução, e que tais entusiastas nativos acompanhavam o rito “de fora” e o compreendiam “pela metade”. Assim como Paz usou a comparação entre vanguardas como gancho, para abordar a (para ele incômoda) relação entre parte dos jovens escritores hispânicos dos anos 60 e 70 e as vanguardas norte-americanas dos anos 50; nós utilizamos aqui o que ele disse como gancho, para começar a tratar da influência Beat na América Latina. Porque deste pequeno texto podemos tirar muitos vetores que dominaram a discussão muitas vezes polêmica desta relação de influência literária dentro das Américas. É possível observar, por exemplo, o preconceito da elite cultural latino-americana com a propagação de princípios da Geração Beat em seus “territórios”. O influente poeta e ensaísta mexicano simplesmente desconsiderou essa produção. E colocou como verdadeira vanguarda os concretistas, que também não reconheciam a poesia beat brasileira como legítima. Apesar deles, diversas cenas culturais na América Latina fizeram história dialogando com a Geração Beat. Tal diálogo se deu principalmente através da poesia, sendo Allen Ginsberg a maior referência, como o próprio Octavio Paz atesta. Mas houve também escritores de prosa onde a influência específica de On the Road, por exemplo, foi marcante. Acreditando na legitimidade desta arte, é nosso interesse, nesta apresentação, comentar algo desta produção. Atentando a produções publicadas nos dois países para onde On the Road foi vertido: Argentina e Brasil; e também naquele que foi o mais visitado e influenciado pela Geração Beat na América Latina: o México. Observando a história da tradução argentina e brasileira, seus contextos culturais – e grupos que dialogaram, como os autores da chamada literatura de la onda mexicana.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.