A Doença Inflamatória Intestinal (DII) caracteriza-se por uma inflamação severa do trato gastrointestinal (TGI), sendo a Doença de Crohn (DC) um dos subtipos dessa doença. Esta pode atingir qualquer parte do TGI de forma segmentar e transmural. Tem sido apontado como terapêutica na DC o uso de probióticos, visto que estes podem promover o equilíbrio da microbiota intestinal. O objetivo desse estudo foi realizar uma atualização, sobre o uso de probióticos na terapia nutricional em todas as fases da DC. O estudo consiste em uma revisão bibliográfica, nas bases de dados Scielo, PubMed e Lilacs, dos últimos 8 anos, nos idiomas inglês, português e espanhol, das atualidades acerca do tema. Apesar de haver um número crescente de estudos focados na utilidade de probióticos estes apresentam limitações, quanto a heterogeneidade do modelo de estudo. Foram encontrados trabalhos utilizando cepas de Lactobacillus, Bifidobacterium, Saccharomyces boulardii e Butyricicoccus pullicaecorum. A terapêutica nutricional compõe o tratamento da DC e apesar dos benefícios comprovados dos probióticos na saúde do trato gastrointestinal, neutralizando o processo inflamatório, promovendo a estabilização da microbiota, excluindo patógenos, aumentando a degradação de antígenos e reduzindo a secreção de mediadores inflamatórios, os protocolos clínicos, a diretriz nacional e as diretrizes Europeias afirmam que não é possível incluir e recomendar o uso deste imunomodulador como componente da terapia nutricional na DC, em crianças ou adultos, independente da fase da doença. Assim, faz-se necessário mais estudos com um maior controle metodológico para tentar comprovar a eficácia e do uso de probióticos na DC.