o presente estudo objetivou discutir sobre a percepção dos acadêmicos de Psicologia no que se refere aos programas e política públicas de saúde que deveriam dar assistência as pessoas com transtornos mentais que cometem crimes, o tratamento que esses indivíduos precisam ser submetidos, o papel do psicólogo nesses casos e quais seriam as possíveis punições que esses sujeitos recebem no âmbito da lei. Tratou-se de uma pesquisa descritiva e utilizou uma abordagem qualitativa na análise dos dados. Para a coleta dos dados foram utilizados um questionário aberto e estruturado sobre o tema e um questionário sociodemográfico. Participaram da amostra 77 sujeitos (60 mulheres e 17 homens), com idades entre 21 e 60 anos, estudantes que estavam cursando o oitavo e décimo período do curso de Psicologia de uma faculdade particular da Capital paraibana. Aos dados do questionário foi aplicado a análise de conteúdo computadorizada por meio do freeware Iramuteq. Os resultados identificaram 3 classes temáticas: Políticas, Acompanhamento e Jurídico. A partir dos resultados, evidenciou-se que as políticas públicas de saúde que deveriam assistir esses indivíduos se demonstram de maneira falha e pouco eficiente; que o tratamento que eles devem receber é por meio de acompanhamento psicológico e psiquiátrico, com uso de medicamentos e internação, e que a forma com que essas pessoas são tratadas na lei são diferentes em virtude de sua psicopatologia. Dessa forma, pode-se concluir que a percepção é de um sistema falho, que carece de uma integração ao sistema de saúde universalizado com vistas a ressocialização.