Historicamente os partos até o século XIX eram realizados exclusivamente por parteiras. Foi a partir do século XX que o segmento hospitalar foi incrementado juntamente a assistência do médico, tornando esse momento mais comercial e institucionalizado do que humano e integral. O modelo tecnocrático, presente em grande parte dos atendimentos atuais é caracterizado pela implementação de novas tecnologias, além de intervenções consideradas desnecessárias no momento do parto. Muitas vezes os acontecimentos de violência obstétrica passam despercebidos pelas mulheres, pois as mesmas desconhecem que os atos praticados são considerados violentos, acreditando que sejam procedimentos comuns da instituição. Sendo assim, as mulheres são capazes de discernir a forma como estão sendo atendidas reconhecendo algum tipo de violência obstétrica durante o parto que venha impactar significativamente em suas vidas? Diante desse cenário obstétrico nacional perpetrado pela VO, essa pesquisa tem como objetivo mostrar os estudos que identifiquem os fatores que levam essas mulheres a não se expressarem durante a assistência prestada. O estudo trata-se de uma revisão da literatura, analisando dados referentes ao assunto em questão nas bases de dados, LILACS, BDENF, SCIELO e PubMed. Mulheres não expressam seus reais sentimentos e desejos, acabando por serem silenciadas e se tornarem vítimas de profissionais autoritários. Para prevenir e erradicar isso, novas práticas profissonais menos intervencionistas devem ser propostas. O cuidado à gestante deve seguir as recomendações das políticas e programas voltados à saúde da mulher, garantindo que o parto seja uma experiência proveitosa e livre de insegurança.