A automedicação compreende os vários meios pelos quais o indivíduo ou responsáveis determinam, sem conjectura médica, o medicamento e como irão emprega-lo para atenuar sintomas, e “cura”, repassando remédios à outras pessoas da família, ou do mesmo círculo social, fazendo uso de sobras de prescrições ou desobedecendo a orientação de um profissional, prorrogando ou interrompendo precocemente a dosagem e o período de tempo indicados na receita. O uso indevido de medicamentos é bastante popular, e pode trazer malefícios à saúde do paciente, tais quais, o aparecimento de efeitos indesejados, agravos e mascaramento de doenças, interações medicamentosas, erros nas doses e intoxicações. Esse fato torna-se particularmente relevante quando os sujeitos são crianças, especialmente com substâncias que exigem prescrição médica e retenção de receita, o que torna necessário o cuidado e o acompanhamento do farmacêutico para o uso adequado do tratamento prescrito com a finalidade de reduzir o risco de intoxicação, e demais problemas. No Brasil, como em muitos países, os medicamentos são o principal agente de intoxicação. Estes representam 38,05% dos casos registrados no último ano, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). Do total de casos de intoxicações medicamentosas, indivíduos de 0 a 19 anos correspondem à 53,08%. Este artigo tem como objetivo evidenciar a importância do profissional farmacêutico na orientação e conscientização da população, para com os riscos da automedicação e o uso irracional de medicamentos em crianças e adolescentes.