A Disfunção Temporomandibular (DTM) é definida como um conjunto de desordens que acometem os músculos mastigatórios e articulação, com predominância marcante de dor. A dor por ser uma experiência multidimensional desagradável, envolve não só um componente sensorial, mas também um componente emocional. Possui etiologia multifatorial, que envolve várias condições de desordens da articulação temporomandibular, desde alterações articulares, miofaciais, até neuropsicológicas. O tratamento e avaliação desta disfunção devem ser holísticos, não restringindo somente a articulação temporomandibular (ATM), desta forma analisando fatores comportamentais, biomecânicos, psicossociais e entre outros. No campo das intervenções fisioterapêuticas dentro da eletroterapia se destaca no controle desta desordem a Estimulação Transcraniana por Corrente Alternada (ETCA) como modalidade alternativa e não invasiva para alívio de dores, Dentre o benefício observado na aplicação da ETCA é possível destacar o potencial efeito analgésico para os casos da dor crônica em DTM e outras etiologias. O objetivo deste estudo foi discorrer e apresentar os princípios básicos acerca do uso terapêutico da ETCA em indivíduos com dor crônica decorrente de disfunção temporomandibular (DTM). A corrente característica da ETCA é de baixa intensidade e consiste em posicionar dois eletrodos (com esponjas umedecidas), na parte lateral da cabeça, um de cada lado. Durante a estimulação o ideal é que o paciente esteja relaxado. As sessões duram 20 minutos e a intensidade utilizada é relativa com a patologia. Assim gera um processo de modulação central da dor induzindo a produção de serotonina, GABA, endorfina e outros neurotransmissores responsáveis pela regulação da dor.