No sentido estrito, episiotomia é a incisão dos pudendos. Esse procedimento cirúrgico é utilizado para ampliar o canal de parto durante a parição vaginal e pode ocorrer de modo generalizado ou seletivo. Assim, tendo em vista a recorrência da episiotomia na realização do parto normal, o presente trabalho tem como objetivo fazer uma revisão bibliográfica para avaliar a técnica da episiotomia em partos vaginais, analisando quando é necessária sua realização. Para a pesquisa, foram consultados artigos indexados na Biblioteca Virtual em Saúde e na base de dados Pubmed. Após aplicação de filtros e critérios de exclusão, obtiveram-se nove artigos para análise. Dentre os trabalhos analisados, seis apresentaram concordância na abordagem da episiotomia, considerando a técnica como um procedimento que deve ser realizado apenas em situações estritamente necessárias. Em contraste com os artigos supracitados, duas pesquisas se apresentaram dissonantes. Uma afirma que não há necessidade da prática da episiotomia no momento do parto. A outra, por sua vez, não encontrou, em seu trabalho, diferenças significativas na aplicação da episiotomia rotineira ou seletiva. Ademais, em dois estudos, foi possível visualizar outras perspectivas acerca do tema, os quais abordaram a faixa etária das mulheres submetidas à episiotomia e seu conhecimento acerca do assunto. Em síntese, observou-se que, na maioria dos estudos, existe uma recomendação ao uso seletivo da episiotomia. Ressalta-se, ainda, que a integridade do períneo e a boa recuperação pós-parto refletem a consolidação de um parto vaginal mais humanizado e bem executado, objetivando a manutenção da saúde da mulher.