No Brasil, havia 830.000 pessoas vivendo com HIV em 2016. Dada a expressividade desse número e as complicações que acometem as pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), faz-se necessário avaliar as possíveis variáveis associadas à dificuldade em se estabelecer uma vida provida de segurança alimentar e de um estado nutricional adequado, externas à própria doença que por si só, provoca uma queda na qualidade de vida dos acometidos. Nesse sentido, foram avaliadas 479 pessoas vivendo com HIV/Aids atendidas em hospital público de Doenças infectocontagiosas do município de João Pessoa – PB, com idades entre 18 (mínimo) e 87 anos (máximo), sendo 40,1% do sexo feminino e 59,9% do sexo masculino. Os dados coletados foram digitados e armazenados no banco de dados do Software Statistcal Package for the Social Scienses (SPSS), versão 21. Os resultados das variáveis sócio-demográficas foram descritos através da utilização de medidas de tendência central e dispersão. A associação entre duas variáveis foi verificada a partir do teste Qui-quadrado Quanto à situação de Insegurança Alimentar, foi possível identificar associação entre a insegurança alimentar e o consumo de bebidas alcóolicas, o número de refeições consumidas por dia e a prática de atividade física: uma parcela relevante (68,8%) dos inseguros não praticava nenhuma atividade física. No presente estudo a insegurança alimentar também apresentou associação significativa com a renda e a escolaridade, dados que demonstram agravamento da situação de vulnerabilidade da população estudada.