Introdução: Desde a Reforma Sanitária e a posterior consolidação do Sistema Único de
Saúde (SUS) no Brasil, tem se observado diversas mudanças no modelo assistencial de saúde e dentro
deste destaca-se a figura do Agente Comunitário de Saúde (ACS), que é responsável por disseminar
informações dos serviços de saúde no território e atua também na prevenção e promoção da mesma.
Contudo, diversos fatores relacionados à profissão geram efeito insalubre à saúde e,
consequentemente, à qualidade de vida. Objetivo: Relatar a experiência da realização de rodas de
conversa com os ACS de uma Unidade Básica de Saúde, a qual teve como finalidade promover o
diálogo e a reflexão acerca da importância da qualidade de vida deles, buscando, assim, medidas de
promoção e prevenção à saúde do trabalhador. Metodologia: Trata-se de um trabalho de caráter
descritivo, resultado das rodas de conversa realizadas com os ACS da Unidade Básica de Saúde Moise
Hage, localizada na cidade de Itabuna – BA. Resultados e Discussão: Os profissionais alegaram
sentir-se despreparados psicologicamente para atuar nessa profissão e relataram a ausência do suporte
da Secretaria de Saúde e do Sindicato no que diz respeito à saúde física e psicológica deles. Além
disso, afirmaram que não se sentem reconhecidos no ambiente de trabalho pelos colegas e,
principalmente, pela gestão. Conclusão: É necessário ressaltar a importância da realização da escuta
solidária com esses profissionais, pois, o diálogo amplia a visão dos participantes e possibilita as
mudanças no ambiente e nas relações, contribuindo para a promoção da saúde.