Das ocupações femininas que causam desgaste e requer dedicação não apenas no local de trabalho, mas também em casa, destaca-se a área da docência no ensino superior. Tal fato requer muito mais que sala de aula e correções de provas, é preciso pesquisar e se atualizar constantemente. Nessa situação, a escolha da maternidade se configura como um momento difícil e cercado de dúvidas. Em virtude da escassez literária sobre a maternidade no contexto da docência-pesquisa, o presente trabalho teve como objetivo geral conhecer o perfil de docentes do ensino superior, dentro do atual contexto histórico-social-cultural frente ao desejo ou não, de gerar e cuidar de filhos em uma grande universidade no estado da Pernambuco. Para compor esse trabalho, foi realizada uma revisão da literatura no período de agosto a dezembro de 2017, cujos critérios de inclusão foram artigos publicados preferencialmente nos últimos 15 anos, e, utilizando-se de revistas nacionais. Os resultados obtidos mostraram que a maternidade na docência, não prejudica a atuação, nem o desempenho das docentes, no entanto, o tempo dedicado aos filhos foi reduzido e necessário ajuda durante a criação dos mesmos. Docentes que tem filhos trabalharam mais em regime de dedicação exclusiva, mas ambos os grupos de docentes (com e sem filhos) publicam no mínimo, um artigo por ano.