O presente artigo analisa narrativas de mulheres trans (travestis e transexuais) sobre as diversas violências transfóbicas vivenciadas em seu cotidiano na cidade de Aracaju/Sergipe, em função de sua identidade de gênero divergente dos padrões biológicos construídos e impostos socialmente. A análise dos dados produzidos permite identificar o contínuo processo de tratamento desses sujeitos como pessoas “não recomendadas” à sociedade, sendo a violência o canal direto para afastá-las ou retirá-las do convívio social, dada a ausência de reconhecimento e respeito à diversidade de gênero. Tal contexto de violação de direitos humanos demanda ações de todas as instituições públicas e privadas e da sociedade em geral, sendo necessário comprometimento de todos/as no processo de enfrentamento à violência transfóbica, manifesta também como uma das expressões da questão social.