A discussão sobre diversidade sexual e de gênero ganhou visibilidade nacional em 2014 quando o Congresso Nacional retirou a temática gênero do Plano Nacional de Educação. Em seguida iniciou-se o debate se os Estados e Municípios, ao elaborarem seus próprios Planos, também eliminariam a discussão dos referidos temas em âmbitos estaduais e municipais. Doze estados optaram pela retirada da temática, entre eles Sergipe. O Plano Nacional, como também o Plano Estado da Educação, compreende-se como um norte no planejamento estratégico educacional, contudo, não significa uma obrigação para as escolas de abrir mãos de outros objetivos e metas, por elas estabelecidas. O presente estudo tem a finalidade de analisar como o gestor, no seu papel informacional, contribui para que a discussão do tema diversidade sexual e de gênero em âmbito da instituição do ensino. O foco aqui é uma reflexão sobre o papel informacional do gestor a respeito, mas também foram realizadas, para uma sondagem inicial, entrevistas com gestores de três escolas, localizadas no Município de Aracaju/SE. Como principal resultado consta-se que: (a) os gestores apesar de terem conhecimento da importância do debate do tema e da sua presença no cotidiano não tiveram a iniciativa de buscar parceiros extraescolares que o tratem pedagogicamente; (b) o debate pedagógico sobre o tema tem proporções bem tímidas, sendo tocado em eventos anuais ou a partir das inquietações ou problemas de violência ocasionados pelos alunos; (c) o tema é levado para debate em situações pontuais não havendo um preparo pedagógico elaborado neste sentido.