Diante de uma sociedade que buscava mudanças de hábitos e comportamentos, como uma porta para o progresso frente a modernidade vivenciada por outros países, surgem as práticas higienistas alicerçadas nos saberes médicos. Nessa perspectiva, este artigo tem como objetivo analisar o impacto de estratégias higienistas como práticas de educar e civilizar o corpo. Além disso, discutir como as biopolíticas moldam os corpos, através de práticas disciplinadoras. Tendo em vista que uma das características dessas práticas higienistas era a educação dos corpos, para que estes tornassem civilizados, controlando as suas vontades e instintos, buscando o corpo perfeito e saudável, livre de vontades e desejos que o fizessem fugir das “boas maneiras”. Assim, as possibilidades de produzir sentidos para esses corpos mediante as imposições sociais, é marcada em nome da moral e dos bons costumes, bem como pelas imposições de “correção” do que não corroborasse com o que era “normal” ou “certo” para as práticas higienistas.